Querido diário, tive algumas horas só para mim. O que fiz? Escrevi. Terminei um texto que me doeu e me deixou insegura. Depois de terminá-lo não consegui fazer outra coisa pelo resto do dia. Ainda pensava nele.
Em momentos assim, para aliviar a insegurança e a sensação de impotência, preciso agir. Fiz aquilo que sempre faço: um bolo.
Fiz um bolo fofinho de maracujá. Tão amarelinho. Depois, fiz mais café, porque bolo fofinho combina com café. Sentei-me para assistir a um desenho, um dos que mais gosto.
Tenho a impressão de que não era um desenho para crianças, foi dedicado especialmente às mães. Mães de bebezinhos lindos, de primeira viagem, que não acreditam em si mesmas e que choram quando alguém diz que estão fazendo muito bem esse negócio de maternar. É raro ouvirmos isso, assim como é raro acreditarmos que estamos no caminho certo.
Precisamos ouvir que estamos indo bem de vez em quando, não é?