Hoje desenhei um gato laranja, mas não me chame para brincar de origami porque eu gosto de pintar.
Calma.
Depois do trabalho de mãe, que tem plantão de vinte e quatro horas por dia sem direito a folga, fui para o outro turno de trabalho, o de escrever, ler, traduzir.
Zero concentração.
Marido na mesa ao lado na reunião número sei-lá-qual de qual de hoje. Ele fala em códigos e siglas. As músicas de ruídos da natureza fazem milagres.
A porta da biblioteca está rangendo. Sou interrompida a cada cinco minutos. Quero isso, quero aquilo, pega pra mim?, quero te falar uma coisa.
No fim do dia, e que dia!, vamos até a janela para ver a lua.