Passar pano

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Jane Austen, autora de Razão e Sensibilidade.

A instituição “passar pano para homem” é antiga. Julgo? Sim. Já fiz? Também (infelizmente).

A questão é que estou, neste momento, passando raiva com Elinor — talvez com Jane também — porque o boy lixo do Willoughby decidiu ir se desculpar com ela depois de tudo que fez a pobre da Marianne passar. E como o belo e elegante rapaz faz isso? Colocando a culpa da sua irresponsabilidade em outra moça, dizendo que a esposa é um demônio, que a tia uma sovina — clássico!

Convenhamos que o repertório do rapaz não é nada original. O que me espanta é Elinor, tão respeitada por seu bom senso, dar ouvidos a ele e ainda sentir compaixão pelo sujeito. Francamente! O cara faz as merdas dele, põe a culpa nas mulheres com quem se relaciona e ainda diz que se Marianne se casar com o outro que se apaixonou por ela no instante em que a viu é ele, Willoughby, quem vai ficar com raiva. Olha, é muita coragem, porque noção não tem nenhuma!

(E lá se foi todo meu repertório de indignações que aprendi na internet). E isso, diário, é porque já estou triste que o livro esta acabando, a gente gosta é de passar raiva com leitura, né?

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