Há alguns dias, li uma escritora que sigo nas redes sociais dizer que seu próximo livro foi escrito durante o puerpério. Morri de inveja. Durante minha gestação, não consegui avançar nem metade do que desejava no meu primeiro livro. Ao retornar da maternidade, pedi à minha mãe que penteasse meus cabelos, pois eu estava sem forças. Após amamentar minha bebê na poltrona recém-comprada para esse fim, era preciso que alguém me trouxesse água e algo para comer, já que minhas energias haviam sido sugadas junto com o leite materno. Cheguei a confundir a data da consulta odontológica, mas, por sorte, cheguei um dia antes. Se alguém me perguntasse quanto era dois mais dois naquela época, eu provavelmente demoraria minutos para responder.
Tudo isso para dizer que não fui capaz de escrever meu primeiro livro durante a gravidez, quem dirá no puerpério.