A família Mitchell e a revolta das máquinas

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trecho do filme “A família Mitchell e a revolta das máquinas” (2021/Netflix)

Feriado chuvoso na cidade do Rio de Janeiro. Além de espalhar lego pela sala e brincar de atacar (que consiste em derrubar e ser derrubado no colchão), assistimos ao filme A família Mitchell e a revolta das máquinas

Foi uma daquelas boas descobertas. A criança está saindo da fase das repetições. Ainda assiste mil vezes ao filme do Sonic, se puder, mas também sugere “um filme que nunca assistimos”. E foi assim, zapeando entre as milhões de ofertas no streaming que encontramos os Mitchell.

Uma família – padrão, classe média, pai, mãe, uma adolescente e uma criança – atravessa os EUA para levar Katie, a filha adolescente, até a Califórnia, onde vai cursar cinema. No meio do caminho são surpreendidos por uma revolta de robôs que sequestram humanos para jogá-los no espaço. Por mais improvável que pareça, os Mitchell conseguem se esconder e salvar o mundo. 

A decisão de salvar o mundo não é fácil. Os membros da família têm uma dificuldade enorme de comunicação, principalmente entre Katie e o pai. Ela é uma jovem que sempre se sentiu deslocada no mundo e que na adolescência se distanciou do pai, um não entende o que o outro fala. 

Junte-se a isso, o tempo gasto diante da tela do celular, as comparações que a mãe faz com os vizinhos, se sentindo diminuída porque não tem a família perfeita, o irmão mais novo ansioso e com dificuldade de se relacionar com outras crianças, o pai que não entende desse tipo de tecnologia etc.

No fim das contas, eles salvam o mundo mesmo não sendo uma família linda e perfeita como as que aparecem no instagram. É um filme divertido que mistura elementos do audiovisual, faz muitas piadas com a forma como lidamos com a tecnologia e também a “inteligência” da inteligência artificial. Muito divertido mesmo.

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